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2004 / NO.2
2004 / NO.2
Trabalhos da Comissão Técnica dos JAO

Como é do conhecimento público, a Quarta Edição dos Jogos da Ásia Oriental terá lugar em Macau entre 29 de Outubro e 6 de Novembro de 2005. Segundo o Comité organizador, o evento terá 17 modalidades: natação, atletismo, basquetebol, bowling, dança desportiva, barco-dragão, futsal, ginástica, hóquei, karaté-do, canoagem, tiro, squash, taekwondo, ténis, halterofilismo e wushu. As quais contêm 235 pequenas modalidades, o que resulta na atribuição de um total de 734 medalhas (235 de ouro, 235 de prata e 264 de bronze).

Macau é a cidade organizadora deste importante evento e a constituição da delegação passou ser um tema de discussão e reflexão tanto no meio desportivo, entre atletas, treinadores e respectivas associações, bem como no seio da população: Quantos atletas deverão ser integrados na delegação? Quantas pequenas a disputar?

O Comité Olímpico de Macau, que terá a última palavra quanto à integração de atletas na delegação e o Instituto do Desporto, que é o serviço público responsável pelo apoio às associações desportivas locais, decidiram criar uma comissão técnica, com o objectivo de preparar os trabalhos de organização das competições dos 4.os JAO. A Comissão Técnica é composta pelo Presidente do Comité Olímpico de Macau, Laam Wah Ying, pelo seu Secretário-Geral, Cheong Vai Kei, pelos seus membros António Fernandes e Pau Ma Chong, pelo Vice-Presidente substituto do Instituto do Desporto, José Tavares, pelo chefe da Divisão de Desenvolvimento Desportivo, Pun Weng Kun e pelo Técnico Superior, Wong Kong, do Instituto do Desporto.

A 24 de Fevereiro, a Comissão Técnica reuniu nas instalações do Instituto do Desporto, tendo definido uma série de metas, prazos e objectivos: Em vez de estabelecer um número limite de modalidades (incluindo pequenas modalidades) e atletas participantes, deve-se estimular as associações desportivas e os seus atletas a prepararem a participação dos Jogos; prestando particular apoio às modalidades que tiverem bom desempenho na organização, que obtiverem bons resultados em competições internacionais ou potencial para ganhar medalhas. No entanto, a Comissão reconheceu ainda que, levando em consideração o nível competitivo das respectivas modalidades de Macau que é consideravelmente inferior à dos outros competidores, deve-se proceder a um rigoroso controle quanto à selecção de atletas, no sentido de evitar que sejam afectados psicologicomente. Deste modo, a Comissão procedeu a um inquérito às associações das 17 modalidades enquadradas nos Jogos, para entender o espirito e a vontade em participar nos Jogos, os resultados logrados em competições internacionais, a situação do treino da selecção (incluindo o número de atletas e treinadores, o horário de treino e os dados das instalações de treino), o plano de treino da selecção, as verbas necessárias, entre outros.

A 7 de Abril, teve lugar a segunda reunião da Comissão Técnica, igualmente na sede do Instituto do Desporto. Os membros analisaram as respostas dadas pelas associações desportivas: todas as 17 associações desejam enviar selecções a disputar no Jogos, a maioria delas apresentaram os planos de treinos, mas algumas não entregaram o plano de treino e o orçamento nem a estratégia da competição. Considerando estes factores, a Comissão Técnica decidiu que o Instituto do Desporto elaborará um novo documento de referência com base nas respostas recolhidas e nos planos anuais das respectivas associações desportivas, a apresentar à Comissão Técnica e às associações desportivas em questão, como sendo base da entrevista com os responsáveis das associações desportivas.

No início de Maio, a Comissão Técnica levou 12 horas a entrevistar, individualmente, os responsáveis e treinadores das 17 associações, tendo dado a conhecer a filosofia dos actuais trabalhos da Comissão enquanto ouvia a apresentação das associações que focava os seguintes aspectos: a situação da selecção, a estratégia da competição e a situação do treino. Estas entrevistas e consultas, efectuadas sempre em ambiente harmonioso. Um processo que serviu para cimentar e criara novos canais de comunicação entre dirigentes, associações e atletas.

O princípio básico definido para a selecção de atletas é o de: dar todo o apoio às modalidades com potencial para ganhar medalhas, dar todo o apoio necessário às associações desportivas que desejem participar, de forma conveniente e bem ponderada, tendo sempre em conta a concorrência daquelas modalidades com poucas esperanças de alcançar medalha. Ficou igualmente acertado e definido que devem ser devidamente potencializadas as vantagens do factor "casa", mas não exigir a conquista de medalhas. Neste sentido as associações devem enviar os atletas com melhores resultados, mesmo que tal não signifique a conquista provávelde medalhas, mas tendo sempre em conta o desempenho dos mesmos. Quanto às modalidades que não apresentam qualquer esperança de alcançar medalhas ou que apenas apareceram em Macau há pouco tempo, nomeadamente as exigentes modalidades de combate, não sendo conveniente eliminá-las, criou-se um prazo de observação - até ao final do corrente ano- tomar uma decisão quanto à participação.