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Regras da Prova

  1. Disposições Gerais
    1. Serão excluídos todos os candidatos que não cumprirem o presente regulamento.
    2. Para as Regatas em Grandes Embarcações, o número máximo de elementos a inscrever por equipa é de 28 pessoas, incluindo:
      Chefe de equipa 1
      Treinador 1
      Atletas 26
      TOTAL 28
      Para as Regatas em Pequenas Embarcações, o número máximo de elementos a inscrever por equipa é de 16 pessoas, incluindo
      Chefe de equipa 1
      Treinador 1
      Atletas 14
      TOTAL 16
    3. O Chefe de Equipa e o Treinador não poderão actuar simultaneamente como atletas.
    4. Se o tamborileiro ou o timoneiro não puderem participar na competição estes deverão ser substituídos, mas apenas por atletas inscritos na equipa.
    5. A entidade organizadora responsabilizar-se-á pelo fornecimento dos barcos-dragão às equipas participantes. Os remos serão fornecidos pela organização ou as equipas poderão usar seus próprios remos (de acordo com o modelo 202a da IDBF), os quais carecem de verificação prévia da Organização. As equipas deverão verificar os remos antes do início da prova, não sendo permitido às equipas a alteração ou remodelação da estrutura dos materiais fornecidos. A Organização não assume responsabilidades por eventuais deficiências do equipamento, que venham a ocorrer durante a prova, assim como não serão aceites quaisquer reclamações ou recursos nestas circunstâncias;
    6. As equipas participantes deverão cumprir as instruções e orientações dadas pela Organização;
    7. O Treinador deverá acompanhar a sua equipa até ao Posto de Chamada dos Atletas para efeitos de apresentação, assumindo-se o Chefe de Equipa como representante da mesma nos contactos com a Organização e na cerimónia de entrega de prémios;
    8. A Organização reserva-se o direito de recusar a participação de qualquer equipa.
  2. Medidas de Segurança
    1. Exige-se dos participantes a adaptação ao meio aquático, devendo os mesmos serem capazes de nadar uma distância mínima de 100 metros;
    2. Os participantes responsabilizar-se-ão pela sua própria segurança durante os períodos de treino e das provas, não cabendo à Organização e aos seus colaboradores a responsabilidade por quaisquer acidentes, incluindo morte, lesão corporal, danos ou perda de bens, etc, que possam eventualmente vir a acontecer;
    3. Os participantes na regata poderão usar coletes de salvamento, sem prejuízo de cumprirem com o estipulado no n° 2-1 deste regulamento.
  3. Composição das Equipas
    1. Cada tripulação será composta por um tamborileiro, um timoneiro e 20 remadores (10 remadores para regatas de barcos-dragão em pequenas embarcações);
    2. Todas as equipas participantes serão responsáveis pela sua própria conduta e deverão cumprir as regras estipuladas pela Organização;
    3. As equipas participantes deverão usar os mesmos equipamentos/camisolas, e só lhes será permitido imprimir publicidade comercial nos seus equipamentos, caso tenham sido autorizadas com antecedência pela Organização. Para o efeito, a equipa participante em questão terá que formalizar o pedido à Organização, juntando no acto da inscrição, o respectivo design publicitário, e garantindo que a área que ocupe no equipamento não ultrapasse os 15x15 cm e que não seja maior do que o nome da equipa que representa;
    4. O número máximo de participantes em cada tripulação é de 22 pessoas (12 pessoas para as regatas de barcos-dragão em pequenas embarcações), sendo o mínimo de 20 pessoas (10 pessoas para as regatas de barcos-dragão em pequenas embarcações), devendo incluir um tamborileiro e um timoneiro.
    5. Na Categoria Open não há restrição quanto ao sexo dos elementos da tripulação, enquanto na Categoria Senhoras apenas podem participar indivíduos do sexo feminino.
    6. Remadores, timoneiros ou tamborileiros poderão inscrever-se apenas numa equipa da mesma prova, tendo em atenção o artigo 9 do regulamento da prova.
  4. Chamada
    1. As equipas participantes na Regata deverão apresentar-se no Posto de Chamada dos Atletas com uma antecedência de 20 minutos, antes do início da prova;
    2. Os atletas terão que apresentar o cartão de identificação ao pessoal da Organização no acto da chamada. Pela perda ou extravio do referido cartão, será cobrado ao atleta o valor de Mop$120 (cento e vinte patacas) ou USD$15 (quinze dólares americanos) pela reemissão de um novo cartão;
    3. Durante o embarque, as equipas terão que cumprir as indicações do Júri do Posto de Chamada;
    4. As equipas participantes terão que cumprir o regulamento sobre a distribuição de embarcações e das pistas.
    5. Não será permitido, de modo nenhum, a alteração do barco ou da pista atribuída a cada equipa participante;
    6. Após o embarque, as equipas participantes deverão dirigir-se logo para o local de partida, aquecimento ou um outro local, de acordo com as indicações dos juízes;
    7. Ao remarem para o local de partida, as equipas deverão manter o canal livre, afastando-se do local de competição, no sentido de manter o normal funcionamento das provas em curso.
    8. Serão punidas com um acréscimo de 5 segundos ao tempo feito, as equipas que numa determinada prova não cumprirem os pontos 4-6 e 4-7.
  5. Partida
    1. As equipas concorrentes deverão dirigir-se para a partida, colocando-se na respectiva pista.
    2. Dentro da zona de partida, existe a obrigatoriedade de cumprir com as directrizes do juíz de partida;
    3. Haverá um equipamento colocado junto do timoneiro e do tamborileiro, no local de partida. Estes devem permanecer em contacto com tal equipamento até depois de o juiz dizer “ARE YOU READY, ATTENTION, GO”, senão será considerada falsa partida.
    4. Se o tamborileiro tocar o tambor ou emitir algum som, algum remador efectuar algum movimento com os remos, no momento entre o sinal de “ARE YOU READY” e o toque de buzina, será considerada como falsa partida.
    5. No momento em que o juiz de partida disser “GO”, será dado também o sinal sonoro (buzina) e a prova inicia-se oficialmente:
    6. No caso de se verificar uma falsa partida ou qualquer outra infracção, serão dados consecutivamente vários sinais sonoros curtos (buzina curta) como aviso às equipas, da necessidade de recomeçar a prova, devendo assim as equipas regressarem imediatamente ao local de partida;
    7. Relativamente à falsa partida, na primeira vez, a equipa será alertada pelo sinal sonoro utilizado na prova, e será também levantado o cartão amarelo e o número da pista onde essa equipa se encontra. Na segunda falsa partida, qualquer que seja a equipa que a cometa, será igualmente dado o sinal sonoro, levantar-se-á o cartão vermelho e o número da pista da equipa em causa e esta será desclassificada (ainda que não tenha sido a causadora da primeira falsa partida). A prova prosseguirá normalmente e não será interrompida com uma terceira partida;
    8. É da responsabilidade dos Chefes de Equipa e Treinadores das equipas prestarem todos os esclarecimentos sobre o processo de partida aos seus atletas.
  6. Normas da Competição
    1. O percurso da prova é feito em linha recta desde a partida até à chegada. As equipas concorrentes deverão disputar a prova nas suas próprias pistas, separadas entre si por bóias de sinalização. Durante a realização de cada regata, o juíz de percurso segue atrás das equipas concorrentes, chamando a atenção delas se se afastarem da sua própria pista. A equipa que, sistematicamente, ignorar as orientações dos respectivos juízes, será desclassificada da prova.
    2. No caso de acontecer algum acidente, resultante da entrada na pista de uma outra equipa concorrente ou da colisão com o barco de uma equipa rival, a equipa infractora poderá vir a ser desclassificada pelo coordenador geral de juízes conforme o parecer do juíz de percurso;
    3. Se no decorrer da prova acontecer um acidente que possa afectar gravemente o seu normal funcionamento, o percurso de uma ou mais equipas ou resultar em interferências concretas à prova em geral, o juíz do percurso terá o direito de suspendê-la a qualquer momento, e o coordenador geral de juízes poderá mandar repetir a prova.
    4. Se a referida colisão implicar influência no resultado da prova, o coordenador dos juízes poderá determinar que uma ou mais equipas repita a prova antes da realização da prova seguinte.
    5. O tamborileiro deve manter-se sentado no seu lugar. Ao sinal de partida ele deve tocar o tambor de forma ritmada desde a marca dos 50m até ao fim da prova. O juíz do percurso poderá chamar a atenção ao tamborileiro da equipa que não cumprir com o mencionado.
    6. Após a realização da prova ou treino, as equipas participantes deverão regressar de imediato à zona de embarque, devolvendo todos os equipamentos à Organização. Uma multa de MOP$5,000 (cinco mil patacas) será imposta ao infractor/equipa que tenha danificado intencionalmente o barco ou o material da Organização, podendo ainda exigir-se do infractor/equipa o pagamento da despesa com a reparação do referido material.
    7. Toda a tripulação deverá competir na posição sentada, com excepção do timoneiro. A equipa que, não proceder desta forma, será desclassificada da prova.
    8. Todas as equipas devem completar a prova em 4 minutos, e a Organização tem o direito de solicitar à equipa que não terminar a prova dentro do tempo estipulado para abandonar a pista, de forma a não interferir com o início da prova seguinte.
  7. Chegada
    1. A chegada será assinalada pela letra “F”;
    2. O tempo de finalização da equipa é registado quando o nariz do dragão ultrapassa a linha da meta.
    3. Apenas as classificações e os tempos anunciados pelo Júri da Organização são considerados resultados oficiais.
    4. Quando não fôr possível ao Júri proceder à classificação de uma determinada prova, por motivo de terem chegado dois ou mais barcos à meta simultaneamente, no caso de se tratar de uma a prova preliminar, as equipas envolvidas terão que repetir a prova; na repescagem, semi-final e final, a classificação será definida baseando-se nos tempos/resultados conseguidos por essas equipas na prova imediatamente anterior;
    5. Considera-se que finalizou a prova, a equipa que cortar a meta com a zona mais avançada da embarcação com igual número de tripulantes à partida e à chegada.
  8. Protesto e Recurso
    1. No caso de haver uma equipa que queira apresentar um protesto contra outra equipa após a finalização de uma prova, este deve ser feito pelo chefe de equipa ao coordenador geral de juízes que por sua vez irá apresentar o caso à comissão de competição. Se o protesto for relativo às classificações, a apresentação do protesto deve ser interposto dentro de 10 minutos após a publicação pela Organização, dos resultados da prova.
    2. A Comissão da Prova só aceitará o protesto caso seja devidamente preenchido o respectivo formulário e mediante a entrega de MOP$1,000 (mil patacas) ou USD$130 (cento e trinta dólares americanos). Será restituído o montante à equipa no caso do recurso ter provimento. Os respectivos formulários poderão ser levantados no posto de chamadas.
    3. O protesto deve ser apresentado pessoalmente pelo chefe de equipa ao secretário da prova que se encontra no gabinete de júri situado na chegada.
    4. Após a recepção da comunicação escrita da Comissão da Prova, caso o chefe de equipa queira apresentar o recurso à Comissão de Júri, terá que efectuá-lo dentro de 10 minutos.
    5. O chefe de equipa deverá apresentar à Comissão de Júri o comunicado escrito da Comissão da Prova, mediante a entrega de MOP$2,000 (duas mil patacas) ou USD$260 (duzentos e sessenta dólares americanos). A Comissão de Júri irá entregar o resultado do recurso por escrito, à Comissão da Prova e ao chefe da equipa interessada.
    6. A decisão proferida pela Comissão de Júri será considerada como decisão final, pelo que as equipas devem respeitá-la.
  9. Disciplina
    1. No caso de se verificarem ameaças e agressão física de atletas ou elementos das equipas participantes contra júris ou pessoal da Organização, ou de bloquearem o respectivo pessoal de forma a impedi-lo de executar as funções que lhe competem, será aplicada a esses atletas ou elementos das equipas a suspensão perpétua de competir em provas locais.
    2. O infractor/a equipa que faça afundar ou virar o barco intencionalmente será penalizado/a com uma multa de MOP$5,000 (cinco mil patacas), reservando-se à Organização o direito de desclassificá-lo/a.
    3. A infracção relativamente aos pontos 9-1 e 9-2, para além do pagamento da multa, poderá levar ainda à suspensão da equipa na participação das provas locais por 1 ano ou eventualmente de acordo com a gravidade da situação conduzir à suspensão perpétua.
  10. Equipamento
    1. Os barcos e remos usados pelos concorrentes serão distribuidos pela Organização. Contudo, as equipas podem usar os seus próprios remos, os quais devem ser submetidos à verificação da Organização, no dia anterior ao da prova, entre as 15H00 e as 18H00, no Centro Náutico da Praia Grande. Os remos aprovados terão uma etiqueta da Organização. A Organização não se responsabilizará por quaisquer falhas de material durante as provas, devendo cada equipa verificar minuciosamente o material que lhe foi destinado, logo após a entrega do mesmo.
      • Qualquer material em que o remador se possa sentar deverá ser de material flexível, não podendo ultrapassar os 2 cm de espessura, 30 cm de largura e 50 cm de comprimento.
    2. Não serão permitidas modificações ou acréscimos à estrutura do barco, ou ao equipamento utilizado a bordo pelas equipas, nomeadamente:
      • A Organização fornecerá recipientes próprios para retirar a água das embarcações, não podendo ser usados quaisquer outros equipamentos similares.
      • É expressamente proíbida a utilização a bordo nas embarcações, de aparelhos electrónicos, aparelhos mecânicos, e outros aparelhos de telecomunicações, nomeadamente telemóveis.
      • É proibido derramar ou encobrir ou pintar qualquer tipo de material ou substancia sobre o barco.
      • É penalizada no tempo ou desclassificada a equipa que infringir as anteriores alíneas a), b) ou c).
      • No caso da ocorrência de choques entre embarcações durante as provas, causando a sua incapacidade, estas serão substituídas pelas embarcações de reserva.
  11. Regras de Prova:
    Serão aplicadas as regras mais actualizadas da IDBF (International Dragon Boat Federation). Todos os pormenores regulamentares não constantes neste documento serão determinados conforme as regras da IDBF, e em caso de dúvida, será adoptada a versão inglesa.

Nota: No caso de existir qualquer dúvida, a Comissão Organizadora reserva-se o direito de tomar uma decisão final sobre as presentes Regras da Prova.